top of page

Deixe seu email aqui para receber novidades:

Será um prazer te enviar minhas criações!

Rastro de formiga

  • annitajunqueira
  • 23 de out. de 2024
  • 1 min de leitura

Atualizado: 28 de out. de 2024

Nasci pequena e me formei grande, pelo avesso.

Me misturei com as formigas Manoelas para sonhar cidades escuras, subterrâneas, proibidas.

O cheiro do cavalo na roupa suada apontava meu devido norte.

Mas foi o gosto de madeira de palco que me levou.

 

Me encantei com as palavras. Escritas e faladas.

Escutei os erros que me atravessaram.

Mudei de rotas. Bebi chá de boldo.

Achando que havia lugar de chegada.

 

Certa manhã, curei minhas avós em outros planos.

Soltei as amarras que nos costuravam –

no medo, no silêncio, na culpa e na dor.

Saboreei flores, respirei sonhos e me joguei no horizonte da criação.

E os passarinhos vieram me soprar: nada fica.

Você passa, nós passamos.

Olhei fundo, enxerguei nuvens.

E ambos se foram. O que restou?

Um rastro de formiga que voou.

 
 
 

Posts recentes

Ver tudo
Clichês (2007)

Falsos nomes. Falsas coisas. Mundo falso. Me sinto agora como um produto enlatado. Um produto Plus. Sur Plus. Resultado dessa máquina...

 
 
 
Era preciso lembrar.

Os quatro gatos se aproximaram naquela manhã como se quisessem avisar algo diferente na rotina. Miavam. Ventava forte e o barulho da...

 
 
 

Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating
  • Facebook
  • LinkedIn
  • Instagram

©2020 por Mulher Telepática. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page